quinta-feira, 6 de junho de 2013

CRÔNICAS DO ENRA #1 - A FUNKEIRA DO CURIÓ

Olá, meu apelido é Rena, de Renato, sobrenome é Belém, em conversa com amigos bêbados de Rena Belém, ficou Enrabelém. 

Mas também já disse que sou Lucas, Luciano, Renan, Aluísio, Tiago cara de tartaruga...

Sou jornalista, trabalho num jornal de grande circulação e pego a Almirante Barroso de ônibus para o trabalho todo dia. Tive que vender o carro na separação e me mudar também, porque a mulher ficou com a casa. Hoje moro ali no Curió, o que é legal, dá pra tomar uma cerveja gelada no fim do dia no Athenas junto com o Shiryu, Shun, Hyoga e o fresco do Seiya, a "santa".

Apesar dos assaltos e das mortes que acontecem aqui na frente do prédio, tem umas mulheres bonitas que caminham no fim da tarde e início da noite, umas roupas de caminhada mais pra dentro do corpo delas do que a própria roupa íntima, o que ora é bom, ora é ruim.

Aí que ontem fui comprar salsicha e ovos pra marmita de hoje, por volta das 20, e num banco ali perto da entrada da perimetral tinha um casal que, sentados ela de costas para ele com o banco de concreto entre as pernas, demonstravam publicamente o interesse sexual um pelo outro.

É certo que o tesão no homem causa um desequilíbrio entre o que é real e o que não é, nunca foi, nunca será. O homem se vê invisível, e crendo que ninguém o está vendo, se submete a situações justificáveis apenas pelo tesão. Que testemunhem os tempos de escola. Mas a mulher, no meio da rua, eu nunca tinha visto.

 Ela se inclinava para a frente, mãos nos joelhos, levantou a bunda como um belo canhão pirata num short curto e apertado e levantando a blusa até o limite dos peitos, começou a chaqualhar, uma dançarina de funk carioca como nos filmes de sacanagem que tem no Hellxx, Xvideos, Xhamster, AsParaenses e vários outros.

"Que porra é essa, caralho?", foi o que gritou um moço que corria no mesmo canteiro em que senhoras, mulheres e crianças passavam ao lado da menina dançarina. Eu achei foi muito firme. Por um momento, as 30 pessoas que passavam por ali ficaram indignadas, mas a verdade foi que todo mundo ficou foi a fim de fuder. Ou será que fui só eu?

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